Sexo virtual: Video-sex ou o cada vez mais comum ‘telessexo’

Sexo online pode e deve ser seguro e divertido

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Vamos falar a verdade. O amor à distância só não funciona para quem ainda não domina a arte do sexo virtual. Esta é uma realidade que já conquistou muitas pessoas há muito tempo, mas que ganhou ainda mais espaço por causa do coronavírus, já que esta é, garantidamente, a forma mais tranquila de transar por estes dias, sem receio de contagiar ou de ser contagiado pelos parceiros sexuais. Contudo, vale lembrar que ela não é a mais segura de todas as formas. Vamos te passar agora um pequeno manual de sobrevivência e boas práticas para você ter mente, que aborda sentimentos e precauçãos, para garantir a segurança e a diversão de todos os envolvidos. Afinal, há muitos jeitos satisfatórios de contornar a pandemia.

Segurança é primordial

Ainda que não seja a mesma coisa que estar pele com pele com um/a parceiro/a sexual, a intimidade online é um conceito apelativo e atrevido, desejado e até seguro para estabelecer um primeiro ‘contato’ com um possível parceiro, diminuir as distâncias entre parceiros regulares que estão separados no momento, ou apenas para fugir da rotina sexual dos amantes de longa data. Porém, e não é segredo para ninguém, a internet é cheia de armadilhas e de prazeres sádicos, principalmente quando está sendo usada por pessoas desconfiadas, vingativas
e de caráter duvidoso. Atenção: parece exagero, mas não é. Essas ameaças são bem reais, e os amantes clandestinos devem ficar atentos sempre, não importa a situação. As boas práticas recomendam atenções redobradas, ainda mais em primeiros encontros e a garantia de que, antes mesmo de se tornar sexual, a relação entre os envolvidos seja de absoluta confiança — algo que vale para qualquer circunstância — mas que se torna de vital importância quando se
trata de uma exposição online. Faça um pequeno exercício antes de se aventurar nos prazeres virtuais, respondendo a perguntas básicas:

  • Quem realmente é a outra pessoa?
  • Eu a conheço bem?
  • É de confiança?
  • Já traiu a sua confiança no passado?
  • Já te deu motivos para duvidar do caráter dele(a)?
  • Quão envolvidos estão?
  • É alguém com quem você se sente à vontade e confortável?
  • Quem tem mais a perder, caso as imagens e os vídeos vazem e tornem públicos?

Só depois que você responder honestamente a estas perguntas é que poderá decidir se vai seguir em frente ou não com o sexo virtual.

Entre amantes clandestinos de longa data, onde já existe confiança, tudo é mais simples e descomplicado. Ainda assim, vocês devem avaliar e discutir as melhores práticas juntos, sendo que a questão da segurança e do respeito mútuos não são negociáveis, e devem ser a primeira e a última preocupação caso optem por fazer as sessões de sexo online. Caso vocês tenham dúvidas ou receios fundamentados, definam outra forma de se relacionarem sexualmente, mesmo que seja à distância. Há muitas formas de apimentar a relação. Antes do advento da internet, os amantes já se correspondiam e telefonavam com intuitos sexuais. O importante é que ambos se sintam seguros e confortáveis com a troca de imagens e vídeos de teor sexual, ainda mais quando os amantes são ocasionais ou querem preservar os casamentos.

Diálogo e consentimento

Estes são princípios básicos do sexo virtual – e de qualquer relação –, ainda mais entre amantes. É algo que não pode ser deixado de lado em um primeiro encontro sexual, e é muito necessário ao longo da relação e de outros encontros. Os critérios de entendimento devem ser claros e debatidos de forma honesta, com muita frequência. Vocês devem esclarecer o que é ou não permitido: quais as necessidades, desejos e fantasias, bem como os maiores receios, quais os limites que nenhum dos dois quer ultrapassar, o que desejam ou procuram e aquilo que estão prontos e dispostos a fazer.

Uma das coisas mais importante é vocês decidirem que partes do corpo se sentem mais confortáveis para expor, sendo que o rosto é o mais problemático, assim como qualquer outro elemento que revele quem vocês são ou onde moram.
Todas estas questões devem ser revisadas, relembradas e atualizadas sempre, inclusive se ambos quiserem manter esse tipo de encontro sexual. Além disso, vocês precisam decidir o que farão com as fotos e vídeos comprometedores, sendo que apagá-los será o destino mais seguro para os envolvidos, principalmente quando um dos dois é casado ou se relaciona com outra
pessoa.

Mais uma coisa. Preste atenção. Devemos ressaltar que, a qualquer momento,
independentemente de qualquer consentimento dado antes, uma das partes pode reconsiderar, deixar de se sentir confortável com esta prática e querer desistir. Se as coisas acontecerem dessa forma, um deve respeitar a decisão do outro. Ninguém deve pressionar nem se deixarser pressionado. Como em qualquer outra prática sexual, sexo virtualsó é bom quando consentido. O ritmo, a intensidade e a frequência das sessões pode oscilar ao longo do tempo, conforme vocês vão pegando confiança neste tipo de relação ou vão perdendo o interesse. Qualquer cenário é possível de acontecer.

Naturalidade

Naturalidade e honestidade são fatores que, além de ajudar a diminuir as inibições, fazem os amantes perceberem o que é melhor para os dois, facilitando a chegada aquilo que se deseja: o orgasmo ou apenas um bom momento passado juntos. Muitos artifícios, poses e preocupações só aumentarão o desconforto. A maior preocupação deve ser a de eliminar elementos que possam identificar os envolvidos ou o local. O cenário deve ser bem minimalista, e deve expor apenas o que se deseja. O ideal é ter um fundo desfocado. De resto, agir com naturalidade e se expressar de forma clara e honesta deixará o clima mais leve e confortável.

Privacidade digital

A internet não é um local 100% seguro, nem tem portas que permitem que os amantes tranquem suas privacidades. Por isso, toda cautela e preocupação são necessárias. Há sempre uma forma de hackers acessarem à câmera de um computador, baixarem os arquivos e invadirem a sessão de sexo virtual. Escolham aplicativos e plataformas seguros, com criptografia que impossibilita (ou dificulta) que quem intercepte fotos, mensagens ou vídeos consiga vê-los.

Senhas complexas e vários níveis de autenticação devem ser usados, para que ninguém próximo que possa utilizar os dispositivos consiga acessar seu conteúdo. Mantendo estes cuidados, não deixe que o medo interfira no desejo de experimentar novas formas de conexão com a/o sua/seu amante. Afinal, ser amante é aceitar novas vivências e diferentes práticas de obter prazer.

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