Tipos de traidores
Vamos deixar algo claro: não existe um tipo específico de traidor, nem indicadores psicológicos que permitam saber sem margem de erro se, ou quando, alguém é capaz de trair. O que existe são traços de caráter que, perante circunstâncias favoráveis, acabam levando os indivíduos a cometerem adultério. Estes traços se repetem nos perfis daqueles que já confessaram a infidelidade, mas que podem estar presentes em indivíduos que dificilmente trairão. Ainda assim, podemos arriscar listas três tipos de pessoas, com base nos perfis daqueles que admitiram já ter traído.
Três perfis identificados
Os próprios especialistas em psicologia comportamental oferecem resistência em definir tipos de traidores, já que podem existir inúmeros tipos, que agem de diferentes formas dependendo das circunstâncias. Ainda assim, e até por questões de estudos, alguns pesquisadores da área do relacionamento afetivo entre parceiros, apresentaram três tipos que se destacaram. Descrições amplas e abrangentes, mas que permitem identificar características psicológicas próprias dos diferentes tipos de traidores. De forma simples, os tipos se dividem entre Egoístas e Generosos, mas há também uma terceira categoria, os Circunstanciais, que tem sido falada com mais frequência atualmente.
Os egoístas
Acho que você acertou as características. Egocêntricos, narcisistas, individualistas e mimados entram nesta categoria. São pessoas que se colocam sempre em primeiro lugar, não sabem lidar com a frustração e, por regra, possuem dificuldade em sentir empatia pelos sentimentos do outro. O receio de serem magoados faz com que eles se envolvam e se entreguem pouco nas relações. Colocando-se em um patamar superior aos demais, os egoístas têm dificuldade em aceitar um ‘não’ e encontram facilmente motivos, justificativas e desculpas plausíveis para os seus atos, sejam eles moralmente aceitáveis ou não. Sim, eles são excelentes mentirosos. No fundo, segundo os especialistas, isso demonstra imaturidade emocional. Assim, podemos colocar nesta categoria: as pessoas sedutoras, descontraídas, sedentas por atenção, habituadas a receber mais do que aquilo que estão dispostas a dar e que gostam de ser o centro das atenções. Sempre colocam o seu prazer, satisfação e realização acima de tudo, o que os faz cair na impulsividade e na emoção de um caso extraconjugal. Este tipo sempre procura ativamente a satisfação própria, e acessa muito os perfis em sites de encontros para pessoas casadas.
Os generosos
Os generosos, também chamados de bondosos, são indivíduos que buscam satisfazer as necessidades dos outros, mesmo que isso signifique se colocar em segundo lugar. A traição não faz assumidamente parte do seu DNA, até porque elas se caracterizam por serem pessoas reservadas, sossegadas, quietas e discretas, incapazes de mentir, ou para quem a mentira é imoral, e que vivem envolvidos em sentimentos de culpa e de responsabilidade. São indivíduos que se dedicam a espalhar a felicidade e a fornecer todo o tipo de apoio necessário aos parceiros, sem esperarem nada em troca. Ainda que este tipo dificilmente ceda à tentação, com medo de ferirem os sentimentos do outro, quando isso acontece, o caso tende a ser bem mais sério do que as traições dos egoístas. Quando um generoso trai é porque se sente emocionalmente desligado do parceiro ou negligenciado na relação, e o vínculo que ele/ela acaba estabelecendo com o/a amante é afetivo, e não meramente físico e sexual. A traição dos generosos tem mais chances de culminar em separação. Sempre que procuram parceiros, pessoalmente ou virtualmente em sites de encontros confiáveis, como o Second Love, sempre analisam características específicas com as quais também se identificam.
Os circunstanciais
E aqui chegamos ao terceiro tipo. Os traidores circunstanciais não procuram o prazer, nem são o típico ‘predador’, sempre dispostos a uma caçada sedutora. Eles esperam um momento, uma circunstância, sem planejar ou desejar vínculos emocionais. Se a ocasião surgir, embarcam na aventura. Por via de regra, entram em casos esporádicos, com amantes ocasionais, em relações puramente sexuais, sem qualquer tipo de envolvimento afetivo. Uma viagem, a ausência do parceiro, um momento sedutor — é o que basta. São pessoas que procuram dar na medida exata em que recebem. Não procuram, mas se encontram… Não custa tentar.
Vários tipos de traição
A traição é muito mais do que a infidelidade e os casos extraconjugais. Traição é a quebra de confiança entre duas pessoas. Há muitas formas de ferir e fragilizar essa ligação. Ou seja, há várias formas de trair, que vão além do famoso “pular a cerca”. São traições que acontecem diariamente, e que às vezes não percebemos, enquanto a relação vai se desgastando aos poucos.
– Colocar o/a parceiro/a em segundo lugar
Muitas vezes, o casamento é sacrificado em função da vida profissional, dos amigos ou de outras obrigações. Mesmo que o motivo sejam filhos ou família, colocar o parceiro em segundo lugar vai criando um sentimento de ausência e buraco na relação. Isso inclue ficar com a cara enfiada no celular quando se está junto do(a) parceiro(a). Fica a impressão de que qualquer coisa é melhor do que a companhia da pessoa que está ao seu lado.
– Ter uma vida paralela
Esconder as finanças pessoais ou ou ter um grupo de amigos onde não se inclui o/a parceiro/a primário/a são sérias traições à confiança mútua que uma relação exige. Agir de forma individualista, seja em atividades culturais ou esportivas, por exemplo, promove o mesmo tipo de afastamento.
– Revelar intimidades
Seja na presença ou ausência do/a parceiro/a, revelar aspectos particulares ou íntimos do casal, além de humilhante, é uma quebra grave de confiança. O ideal é não se deixar levar pelo momento e sempre pensar nos sentimentos da pessoa que está ao seu lado.
– Não ser honesto
Ocultar o que verdadeiramente se pensa ou sente é outra forma de excluir o parceiro de um universo que deveria ser construído a dois, com base na confiança e no diálogo.
– Ter um/a confidente
Sim, sim. É bom ter amigos e outras pessoas com possamos conversar abertamente e sem preocupações, mas ter um confidente emocional, que não seja o/a parceiro/a, cria um buraco entre o casal. Se o confidente for alguém por quem você se sente atraído, há grandes chances da relação evoluir para o nível sexual.